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dezembro 16, 2004

Palavras vagas atiradas à população

A situação da Reforma Agrária passa por momentos complexos. A vitória eleitoral do governo Lula abriu expectativas de que o processo de Reforma Agrária, ou seja de democratização da propriedade da terra, caminhasse mais rápido e de acordo com as necessidades do povo pobre, que mora no interior do país e precisa de terra como forma de ter trabalho, futuro para sua família, dignidade, comida e educação para seus filhos.
Criou-se uma esperança nas famílias de trabalhadores rurais Sem Terra de que a terra seria repartida, como, aliás, está previsto pela própria Constituição Federal do Brasil e pelo saudoso Estatuto da Terra, que em novembro completou 40 anos de existência sem que a Reforma Agrária tenha saído do papel.
Durante todo o ano de 2003, os movimentos sociais do campo discutiram o Plano Nacional de Reforma Agrária - PNRA. Em 21 de novembro do ano passado, foi acordado entre TODOS os movimentos que atuam no campo e o GOVERNO que era necessário e viável assentar 430 mil famílias nos três anos que faltavam. E que o processo daria prioridade as 200 mil famílias acampadas em condições precaríssimas.
O tempo foi passando e a lógica perversa do funcionamento do estado, aliada às diretrizes de uma política econômica claramente neoliberal, que prioriza alta taxas de juros, o superávit primário, o agronegócio e as exportações, retiraram os recursos necessários para a Reforma Agrária.
O governo está em dívida com os movimentos sociais. Antes de eleito, assumiu o compromisso de honrar todos os contratos, inclusive o Plano Nacional de Reforma Agrária, mas até agora não cumpriu! O povo brasileiro está esperando. Assim, como estamos à espera do acordo de dobrar o valor aquisitivo do salário mínimo.

Posted by Sandino at dezembro 16, 2004 06:52 PM

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