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dezembro 30, 2005
Hasta 2006!
Sandino comunica que já está a caminho do solo portenho e que estará ausente nos próximos vinte dias. A todos que passaram por essas bandas, um ótimo 2006!
Posted by Sandino at 11:21 AM | Comments (4)
365
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a chegar ao limite da exaustão. Doze meses dá para qualquer ser humano cansar e entregar os pontos. Ai entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante será diferente".
(Carlos Drummond de Andrade)
Posted by Sandino at 11:16 AM | Comments (0)
dezembro 27, 2005
Posted by Sandino at 05:01 PM | Comments (2)
dezembro 26, 2005
Posted by Sandino at 08:42 PM | Comments (1)
A noite do 10
Quem acompanhou o decadente “Fantástico” que foi ao ar ontem, na noite de Natal, pode presenciar mais um desfavor que a TV Globo fez ao futebol mundial. Numa revanche besta, num ufanismo ridículo, a emissora mostrou o ex-jogador Diego Armando Maradona em suas andanças pela noite carioca. Seguindo Maradona, a Globo foi aos bares, churrascaria...Até uma típica puta Maria Chuteira apareceu na fita!
Por tudo que fez pelo futebol, por sua luta contra as drogas, por ter vindo ao Brasil participar gratuitamente de um jogo beneficente, Maradona merecia mais respeito.
Posted by Sandino at 03:16 PM | Comments (2)
dezembro 21, 2005
Um clássico do Natal
“...Papai Noel velho batuta
Que rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres...”
(Garotos Podres)
Posted by Sandino at 10:39 PM | Comments (1)
$$$ Natal $$$
"Menino, peço-te a graça de não mais fazer poema de Natal. Uns dois ou três, inda passa...Industrializar o tema, eis o mal."
(Carlos Drummond de Andrade)
Posted by Sandino at 10:06 AM | Comments (0)
dezembro 20, 2005
Homicídio Legal
Por Walter Fanganiello Maierovitch
“Assim como ao médico é legítimo amputar o membro infeccionado para salvar o corpo humano ameaçado, deve-se permitir ao Estado exterminar o elemento nocivo ao organismo social.”
A supracitada colocação não é do governador-ator Arnold Schwarzenegger, acostumado a interpretar no cinema o papel de vingador da sociedade, com tiros e muito sangue. Também não é da lavra de Lora Owens, sogra do caixa da loja onde trabalhava a vítima de um dos crimes de latrocínio atribuídos a Stanley Williams.
Schwarzenegger e Lora Owens disseram outras coisas sobre Stanley Williams, apelidado de Tookie, executado na terça-feira 13, com emprego de injeção letal ministrada na cela da morte do célebre presídio de San Quentin, a 30 quilômetros de São Francisco, na Califórnia.
Tookie, um negro de 51 anos, fora condenado à morte, em 1981, por quatro crimes de latrocínio (matar para roubar) consumados em 1979, ou seja, há mais de 26 anos. A decisão condenatória acabou confirmada pela Suprema Corte dos EUA. Suas imputadas vítimas foram, em lugares e momentos distintos, três imigrantes chineses, donos de um hotel, e o mencionado caixa de uma loja de conveniências noturna.
Para o governador-ator Schwarzenegger, que poderia ter transformado a pena capital em prisão perpétua, Tookie não merecia clemência. No seu juízo canhestro, isso somente seria possível caso tivesse confessado os crimes, condição reveladora de arrependimento.
No mundo civilizado, os penalistas ensinam que a emenda de um sentenciado é aferida pelas suas condutas posteriores à consumação dos crimes imputados. Na expiação da pena, o comportamento futuro é que revela a emenda (ressocialização).
No passado, Tookie era violento e organizou uma gangue juvenil de rua que aterrorizou Los Angeles nos anos 70. Nos mais de 20 anos de prisão, demonstrou mudança eticocomportamental.
Ele tornou-se símbolo na luta contra a violência e cultor da paz. Escreveu livros infantis e recebeu indicação ao Nobel da Paz. Como ensinava a penitenciarista espanhola Concepción Arenal, o condenado pode mudar o seu coração e a sua alma.
O juízo externado por Schwarzenegger foi medievalesco, a indicar apenas conseguir trabalhar com o binômio crime-vingança. Ou melhor, não se convence da emenda do condenado por meio de atos concretos, revelados no curso de mais de 20 anos. Pior ainda. Pelo que se comenta, a clemência do governador com relação a Tookie deixou de ser concedida para não abalar, ainda mais, o seu prestígio político. Como a pena de morte foi restaurada na Califórnia em 1977, Schwarzenegger, pelo noticiado, não quis tomar uma decisão impopular, apesar de um bem maior estar em jogo.
Nem as mobilizações internacionais em favor de Tookie sensibilizaram o governador da Califórnia, onde já foram executados 12 condenados. A execução de Tookie representou um espetáculo dantesco, presenciado por 17 jornalistas e 39 convocados, dentre eles cinco testemunhas indicadas pelo próprio condenado.
Para vários jornais europeus, a agonia de Tookie durou exatos 22 minutos, transcorridos entre a demorada aplicação do preparado letal injetado e a chegada da morte. Tookie recusou a última ceia. Bebeu um copo de leite e ficou com a televisão ligada à espera da remoção para a cela da morte. No cerimonial macabro da execução, preferiu deixar um significativo silêncio a exercitar o direito de dizer derradeiras palavras.
Na Califórnia, prevalece o pensamento de Santo Tomás de Aquino, que viveu no século XIII e que comparou a amputação médica à social, pela ordem do “príncipe” (Estado), como registrado no início desta coluna.
Nem o Vaticano, sob o papado conservador de Joseph Ratzinger, aprovou o homicídio legal consumado em San Quentin. Depois da execução de Tookie, o cardeal Renato Martino frisou representar “a pena de morte a negação da dignidade humana”.
Como se percebe, e no particular, a Igreja volta a consagrar a doutrina da Metanóia, ou seja, deve-se acreditar, diante de condutas condenáveis passadas, na “mutação da mente, de toda a maneira de pensar, agir e viver, ou seja, na conversão total do homem”. No campo laico, a Califórnia acabou por fazer tábula rasa a Cesare Bonesana, conhecido como Marquês de Beccaria, que foi o precursor do direito penal moderno, de natureza humanista.
Em 1764, no seu chamado Pequeno Grande Livro, Beccaria alertava não ser justo que o homicídio – que nos ensinavam ser um crime hediondo e que não deveríamos nem pensar em cometer – possa ser praticado friamente, sem remorso, pelo próprio Estado.
Resumindo: em pleno século XXI, cometeu-se um homicídio legal. O assassino, frio e vingativo, foi o estado da Califórnia.
Posted by Sandino at 10:08 AM | Comments (0)
dezembro 15, 2005
A cura de Shopenhauer
(Sandino)
Não quero mais saber de Shopenhauer
Os pessimistas são derrotados
Mesmo antes do prefácio
Não quero saber de coisas tristes
De gente ranzinza
De mal com a vida
Não preciso mais de Nietzsche
Tenho aprendido tanto
A gente avança com o sorriso de uma criança
Abro mão de pensar demais
Pensar é errar
Troco a vã filosofia por uma garrafa de tubaína
Posted by Sandino at 11:53 AM | Comments (1)
Achado
(Sandino)
De repente tudo se perdeu
Tudo! Exatamente tudo
Encanto, vísceras
Tornou-se revolto espanto
Acaso importuno
Sua imagem não vingou
Ficou empacada, atravessada
Falência
Já alertei que meu canto se foi
As promessas: palavras
Coisas falíveis
Que não combinavam
Com quem não caminha
Em que pese tudo
Tudo se perdeu
Embora ache
Que me achei...
Posted by Sandino at 11:18 AM | Comments (0)
dezembro 14, 2005
Bidê ou Balde vira caso de Justiça
A música “E por que não?”, da banda gaúcha de rock Bidê ou Balde, só pode ser tocada nas rádios de todo o Brasil e em shows, com ressalvas ou com o pagamento de multas. A decisão é da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça Rio Grande do Sul que acatou, na quarta-feira (7/12), recurso do Ministério Público.
A ação do MP pediu liminar para suspender a execução da música, mas o pedido foi indeferido em outubro deste ano pelo juiz José Antônio Dalto, da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre. O Ministério Público recorreu com agravo de instrumento, porém não obteve o efeito suspensivo pelo desembargador relator, Ricardo Raupp Ruschel. Agora foi julgado o mérito do agravo, sendo concedida, parcialmente, a antecipação de tutela. As informações são do site Espaço Vital.
Segundo o MP sustentou “a letra banaliza a pedofilia e incita a prática de crimes contra crianças”. A música foi gravada há cinco anos, mas passou a ser executada com freqüência nas rádios de todo o país, a partir de meados deste ano.
A 7ª Câmara Cível reconheceu que “a letra da música efetivamente tem conteúdo que estimula e banaliza a violência sexual contra crianças, ao incesto e à pedofilia”. E estabeleceu cinco comandos:
1)Os meios de comunicação e divulgação, toda vez que a referida composição for veiculada, deverão consignar, expressa e antecipadamente, que “a mesma tem conteúdo que estimula e banaliza a violência sexual contra crianças, ao incesto e à pedofilia, assim reconhecida judicialmente”. Essa mesma ressalva deverá constar, expressamente, na capa de eventuais novas produções que a contenham.
2)Relativamente à comercialização do CD produzido no ano de 2.000 (“Se sexo é o que importa, só o rock é sobre amor”), bem como do DVD da banda Bidê ou Balde, que contenha a música, foi fixada uma multa de 10% do valor de sua comercialização e faturamento, a ser recolhida ao Fundo Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente, em 30 dias, sob pena de multa de duas vezes o valor apurado em perícia contábil, se necessária.
3) Quanto ao CD Acústico MTV Bandas Gaúchas, a multa foi estipulada em 20% sobre o faturamento da comercialização. Nesse CD, a banda Bidê ou Balde aparece em cinco faixas, sendo a composição E por que não? uma delas.
4) Relativamente aos shows, onde for inserida a música questionada, deve ser recolhida a multa de 10% do total da arrecadação, disso dando-se ciência ao promotor do evento, sob pena de multa estabelecida no dobro do valor devido.
5) Para o cumprimento da decisão poderá o magistrado do Juizado da Infância e da Adolescência solicitar auxílio de servidores do órgão favorecido, sob a supervisão do Ministério Público.
O desembargador Luiz Felipe Brasil Santos, em seu voto, deu provimento, inicialmente, ao recurso em maior alcance, acolhendo a proibição total de veiculação da música em emissoras e shows, além da proibição de sua inclusão em novas obras fonográficas.
O desembargador Sérgio Fernando Chaves negou provimento ao recurso do Ministério Público, sob o argumento de que retirar a música do mercado, em sede de antecipação de tutela, não trará qualquer resultado útil, nem impedirá que continue a ser tocada, pois vem sendo ouvida há cinco anos. Para Chaves “o resultado de agora talvez venha apenas a valorizar essa música e chamar a atenção de quem jamais pretendia ouvi-la”.
O julgamento fez referências a 12 outras músicas que continuam sendo tocadas pelas rádios e cantadas em shows e que, até agora, não foram objeto de ações judiciais semelhantes. Essas composições têm os seguintes títulos: Vai Serginho, Espanhola, Festa Da Paula, Caçador De Tchutchuquinha, Bonde dos 12 Mola, Do boldinho, Abre As Pernas, Mete a Língua, Ardendo Assopra, Punheta Arretada, Quer Bolete?, Queimando Tudo e Pra Gatinhas.
Leia a letra da música "E Por Que Não?"
(Autores: Carlinhos Carneiro e Rossato)
E por que não? / Eu estou amando a minha menina / E como eu adoro suas pernas fininhas / Eu estou cantando pra minha menina / Pra ver se eu convenço ela a entrar na minha.
E por que não? / Teu sangue é igual ao meu, é igual ao meu / Teu nome fui eu quem deu / Te conheço desde que nasceu.
E por que não? / Eu estou adorando / Ver a minha menina / Com algumas colegas / Dela da escolinha / Eu estou apaixonado / Pela minha menina / O jeito que ela fala, olha, / O jeito que ela caminha.
Posted by Sandino at 04:27 PM | Comments (2)
dezembro 13, 2005
Flutuando em nosso Rio...
Pouca coisa me remete tanto ao Rio de Janeiro, como a Gang 90 & Absurdettes. Banda de pop-rock new wave liderada pelo compositor e ensaísta Júlio Barroso, despontou em 1981 no festival MPB-Shell, da TV Globo. Misturando referências tropicalistas, modernista-antropofágicas e de discoteca, o grupo ficou conhecido primeiramente com a música "Perdidos na Selva", lançada em compacto pelo selo Hot, em 1981. Dois anos depois, com formação um pouco diferente, veio o LP "Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes", com o "hit" "Nosso Louco Amor", tema de novela global. Logo depois o grupo se desfez, os integrantes seguiram suas próprias carreiras ou foram para outras bandas. Em 1985 ainda saiu o disco "Rosas & Tigres", com uma formação completamente diferente da original.
Escute essa canção
Posted by Sandino at 05:36 PM | Comments (3)
dezembro 10, 2005
pensamentos sandinistas...
"Não sobreviveremos, a menos que sejamos um pouco loucos".
Posted by Sandino at 07:45 PM | Comments (1)
dezembro 05, 2005
Posted by Sandino at 09:35 PM | Comments (3)