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outubro 18, 2007

Control: uma homenagem digna ao Joy Division

Melancolia fria, romantismo negro e desesperança pós-industrial. O fotógrafo Anton Corbijn faz reviver o universo sombrio do grupo inglês de pós-punk Joy Division em seu filme "Control", que relembra o destino trágico de seu vocalista, Ian Curtis, e é muito mais que uma simples biografia em celulóide.
O filme, muito bem recebido, despertou grande expectativa. O Joy Division, nascido das cinzas ainda quentes do movimento punk, influenciou muitos grupos. Por outro lado, Corbijn, um holandês de 52 anos, que assina seu primeiro filme, é um grande nome da foto e dos videoclipes de rock, colaborador de bandas como Depeche Mode e U2."A princípio, não queria fazer um filme relacionado com a música porque me parecia previsível demais", contou em entrevista à AFP.
Ao estilo de Gus van Sant em "Últimos Dias", baseado no suicídio do cantor do Nirvana, Kurt Cobain, Corbijn se concentrou no sofrimento e na solidão de Curtis, mais do que na mitologia do rock. "Cresci em um meio protestante e tudo estava vinculado ao homem e à sua forma de reagir com relação ao seu entorno", explica. "Isto é flagrante nas minhas fotos, sobretudo as primeiras: não têm como objetivo a dimensão orgásmica dos concertos, mas a criação e como influem nela as dificuldades da vida".
O filme é pontuado pelos maiores sucessos do Joy Division, de "Love will tear us apart" a "Atmosphere", passando por "She's lost control" (que inspira o título do filme) e "Transmission".
Quanto às cores, Corbijn optou por um preto e branco com forte contraste, característico de seu estilo fotográfico. A encenação é sóbria e elegante, muito distante da estética videoclipe que se poderia esperar.
Definitivamente, é uma homenagem digna do Joy Division, que depois da morte de Curtis se transformou na banda New Order, uma forte influência para grupos atuais, como Bloc Party, Interpol e Editors.

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O filme "Control" relembra o destino trágico de Ian Curtis

Posted by Sandino at outubro 18, 2007 05:40 PM

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