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abril 30, 2009
Lei de Imprensa
Entre o avanço e o retrocesso
Por Alberto Dines
(Comentário para o programa radiofônico do OI, 30/4/2009)
Não é apenas o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) que está empenhado em extinguir o que sobrou da Lei de Imprensa. Também o patronato jornalístico andou seriamente envolvido com a mesma causa, evidentemente por razões diferentes. Mas, no intervalo de 30 dias entre as duas votações no Supremo Tribunal Federal, ficou evidente que os jornalões arrefeceram o seu entusiasmo.
Pesou a opinião de juristas de importantes como Miguel Reale Jr. e Manuel Alceu Afonso Ferreira, que mostraram o perigo de sepultar os 55 artigos que restaram do estatuto original da famigerada Lei de Imprensa sem se dispor de um instrumento legal substituto.
Assim, todas as questões terão que ser resolvidas com base no Código Penal – que jamais foi xingado de "entulho autoritário", porém ostenta em seu DNA as marcas inconfundíveis do Estado Novo, criado que foi em dezembro de 1940 pelo reacionaríssimo ministro da Justiça de então, Francisco Campos.
Soluções injustas
A votação marcada para quinta-feira (30/4) no STF não mereceu da grande imprensa qualquer destaque. Nos últimos dias Miro Teixeira ficou sozinho porque as empresas jornalísticas estavam mais incomodadas com a existência de uma lei especifica para a imprensa do que com o estabelecimento de uma estrutura legal genuinamente democrática.
Resultado: caso a Lei de Imprensa seja totalmente extinta, aposentada, no lugar de avanço poderemos ser levados ao retrocesso.
Fascinados por símbolos politicamente corretos muitas vezes somos levados a adotar soluções moralmente injustas.
Posted by Sandino at 04:18 PM | Comments (1)
abril 29, 2009
Posted by Sandino at 04:20 PM | Comments (3)
abril 28, 2009
Assim caminha a pandemia...
O próximo passo da gripe suína
Por John M. Barry (The New York Times)
Neste momento em que a gripe suína ameaça transformar-se na próxima pandemia, as maiores providências são determinar se a capacidade de transmissão da doença de um ser humano para outro se sustentará e, caso isso ocorra, o quão virulenta ela poderia se tornar. Mas mesmo se esse vírus regredir rapidamente, há uma forte possibilidade de que ele apenas passe a agir sem que seja detectado, continuando a infectar silenciosamente algumas pessoas enquanto se torna mais bem adaptado aos seres humanos, para, a seguir, explodir com força total em todo o mundo.
O que acontecerá a seguir depende basicamente do vírus. Mas depende de nós criarmos uma vacina o mais rapidamente possível.
Os vírus da gripe são imprevisíveis por serem capazes de sofrer mutações com grande velocidade. Essa capacidade lhes permite saltar facilmente de uma espécie para outra, infectando não só porcos e seres humanos, mas também cavalos, focas, gatos, cães, tigres e assim por diante. Um vírus aviário responsável pela pandemia de 1918 saltou primeiramente de pássaros para seres humanos, e depois de seres humanos para suínos (bem como para outros animais). Agora - e esta não é a primeira vez em que isto ocorre -, os porcos devolveram um vírus aos humanos.
A mutabilidade faz com que até mesmo os vírus bem conhecidos existentes sejam imprevisíveis. Um novo vírus, formado por uma combinação de vários outros, como é o caso deste microorganismo, é ainda menos previsível. Após saltar para um novo hospedeiro, a virulência da gripe pode crescer ou diminuir - de fato, variedades diferentes que têm uma origem comum podem seguir direções opostas - antes que surja um novo vírus relativamente estável.
Pandemias de gripe ocorrem desde o princípio da história, mas as quatro que conhecemos detalhadamente ocorreram em 1889, 1918, 1957 e 1968. A forma mais branda destas quatro, a chamada gripe de Hong Kong de 1968, matou 35 mil pessoas nos Estados Unidos e 700 mil em todo o mundo. A título de comparação, a gripe sazonal comum atualmente mata 36 mil indivíduos anualmente neste país, porque a população dos Estados Unidos é composta por uma proporção maior de pessoas idosas e outras cujos sistemas imunes são fracos (se um vírus como o da gripe de Hong Kong nos atingisse hoje, ele provavelmente mataria mais gente pelo mesmo motivo).
A pior pandemia de influenza, a de 1918, matou 675 mil pessoas nos Estados Unidos. E, embora ninguém possa precisar com certeza quantas pessoas morreram em todo o mundo, o número mínimo razoável é cerca 35 milhões, sendo que alguns cientistas acreditam que aquela pandemia matou até 100 milhões de pessoas - em uma época em que a população do planeta era apenas um quarto da população atual. Entre os mortos estavam não só idosos e bebês, mas também adultos jovens e robustos.
Ao avaliar a ameaça do surto atual, é importante não perder de vista que todas as quatro pandemias bem conhecidas parecem ter ocorrido em ondas. O vírus de 1918 surgiu em março e provocou, na primavera e no verão daquele ano, uma onda de contágio que atingiu certas comunidades e poupou outras. A primeira onda foi extremamente suave, mais até do que aquelas que caracterizam a gripe comum. Por exemplo, dentre os 10.313 marinheiros da Grande Frota Britânica que adoeceram, apenas quatro morreram. Mas o outono trouxe uma segunda onda, mais letal, que foi seguida por uma terceira onda menos severa no início de 1919.
Os especialistas especulam que a primeira onda de 1918 foi relativamente suave porque o vírus não havia se adaptado totalmente aos seres humanos. E, à medida que se adaptava, ele foi também se tornando mais letal. No entanto, há evidências fortes de que as pessoas que foram expostas durante a primeira onda desenvolveram imunidade - de forma similar a como as pessoas adquirem proteção com as vacinas modernas.
Um tipo de processo similar de criação de imunidade é a mais provável explicação para o fato de que, em 1918, somente 2% daqueles que contraíram a gripe morreram. Tendo sido expostos a outros vírus da gripe, muitos indivíduos desenvolveram alguma proteção. As pessoas que viviam em regiões isoladas, incluindo as reservas de índios norte-americanos e as aldeias de esquimós do Alasca, apresentaram índices de mortalidade bem mais elevados - supostamente por terem tido menos exposição a outros vírus da gripe.
A pandemia de 1889 também apresentou uma primeira onda bem definida que foi mais branda do que as ondas posteriores. As pandemias de 1957 e de 1968 também vieram em ondas, embora estas tenham sido bem menos definidas.
Em todos os quatro casos, o intervalo de tempo entre o momento em que o vírus foi identificado pela primeira vez e o crescimento da segunda e mais perigosa onda foi de cerca de seis meses. Serão necessários no mínimo quatro meses para a criação de uma vacina eficaz contra esta variedade de gripe, e muito mais tempo para a fabricação de uma quantidade de vacinas suficientes para a proteção da maior parte dos estadunidenses. A corrida começou.
Posted by Sandino at 03:46 PM | Comments (0)
abril 27, 2009
Download (músicas do Sandino)
Atendendo a alguns pedidos, disponibilizei músicas do Sandino no site Palco MP3.
Quem quiser baixar gratuitamente algumas músicas é só acessar
www.palcomp3.com.br/sandino
Tem também fotos, agenda de shows e diversas bandas bem legais.
Hasta!
Posted by Sandino at 05:15 PM | Comments (2)
abril 17, 2009
Sandino no blog do Torero
Sandino no blog do jornalista/escritor José Roberto Torero no Uol
Citação da música "Edmundo não joga mais aqui"
click aqui para conferir.
Obrigado Torero pela força!
Posted by Sandino at 06:03 PM | Comments (1)
abril 11, 2009
Posted by Sandino at 07:35 PM | Comments (0)
Posted by Sandino at 07:13 PM | Comments (0)
abril 04, 2009
Edmundo não joga mais aqui !
Tem música para o Ronaldo. Tem!
Tem música do Pelé. Também tem.
Tem música para o baixinho.
Fio Maravilha ficou famoso pela música.
E para o Edmundo?
Agora tem!
“...Na Copa da França em 1998, o polêmico atacante entrou poucas vezes em campo. Na final, quando a partida já estava perdida (0x3), foi mandado a campo. Antes de tocar na bola, lembrou os “companheiros” que se tratava de uma final de Copa do Mundo! O mais importante torneio esportivo de nações, com a dimensão de interferir na história da civilização. Parou guerras, derrubou e promoveu regimes totalitários... há quem afirme que mudaram muitos resultados, inclusive aquela partida. Para muitos a dúvida ainda é....A Nike interferiu na final da décima sexta edição da Copa do Mundo? Juram que não houve e nunca existirá ingerência do marketing...”
O que vocês pensam sobre o assunto?
Ouçam “Edmundo não joga mais aqui!” e deixem um comentário.
O tema é sempre oportuno para quem gosta do futebol e remete a algumas dúvidas que permeiam o jogo mais popular do planeta e seus personagens.
Click e assista ao vídeo no Youtube
Conto com a visita!
Hasta!
Edmundo não joga mais aqui!
(Sandino)
Eu preciso de um bom procurador
Pra vender o meu passe para o exterior
Vou jogar na Liga dos Campeões
Vender cerveja amarga e televisor
Eu preciso de um assessor de imprensa
Pra saber o que falar na hora da encrenca
Domingo eu vou à mesa redonda
Agradecer o professor e expor meu patrocinador
Edmundo... não joga mais aqui!
Edmundo... não joga mais aqui!
Vou fazer pré-temporada no Japão
Vai ter bola com a minha cara no Paquistão
Vou rachar o carro da Toyota
Rende mais a imagem de patriota.
Final da primeira edição da Copa do Mundo de Futebol, em 1930.
Posted by Sandino at 07:10 PM | Comments (0)
Xv anos sem Kurt Cobain
Neste domingo, 5 de abril, marca-se 15 anos da morte de Kurt Cobain. O cantor, guitarrista, compositor e líder do Nirvana, que havia se tornado ícone do rock dos anos 90 desde o sucesso mundial do disco "Nevermind", em 1991, se imortalizou nos bastiões do rock e da cultura popular depois de suicidar-se com um tiro em sua casa, em Seattle.
Foi a partir daí que Cobain coroou o legado de sua banda, que, com "Nevermind", apagou a linha que dividia o rock alternativo daquele promovido pelo mercado --separação fortificada ao longo dos anos 80, depois da cisão promovida pelo punk no final dos anos 70.
Kurt Cobain teve uma infância pobre. Criado por outros membros da família que não pai e mãe, era criança hiperativa a quem foram dados remédios para se concentrar melhor nos estudos e para dormir à noite. Odiava os estudos e passava seu tempo pintando, cantando e ouvindo Beatles, Monkees, Kiss, Black Sabbath, Sex Pistols, Black Flag e Clash.
Posted by Sandino at 07:02 PM | Comments (0)