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setembro 17, 2009
Dica aos navegantes...
Navegando pela net, cheguei ao blog Amor Louco. Que grata surpresa....o blog é repleto de dicas musicais, com destaque para o rock inglês e a música independente feita em nossas bandas. Dá para baixar diversos discos e cd´s... Vale a dica...
O blog é repleto de links com o melhor da música alternativa
Posted by Sandino at 02:14 PM | Comments (1)
Yes, nós temos maça
Júpiter Maçã
Original Virgula.com.br
Ex TNT e Cascavelletes, o ainda muito jovem Flávio Basso começa sua incursão solo pelo folk sob o pseudônimo de Woody Apple. Porém em pouco tempo já estaria eletrificando seu som, transformando-se em Júpiter Maça.
Um ano após, gravaria o seu primeiro álbum, o psicodelíssimo “A 7a Efervescência”, uma estrondosa estréia no final de 1996, ganhando grande destaque nos principais jornais culturais do Brasil. Trazia com ele, como compositor original, entre outros, clássicos como “Um lugar do caralho” (gravado por Kynna - nome artístico da cantora Lilian Knapp, ex-Lilian e ex-dupla Leno & Lilian da Jovem Guarda) e Miss Lexotan 6mg Garota (gravado pelo IRA!, em 1999). Com o passar da década seguinte, o disco foi eleito o maior e mais expressivo disco de rock do Sul do Brasil de todos os tempos e também entre os 100 maiores álbuns de música brasileira da história, pesquisa feita pela revista Rolling Stone.
Em 1999 segue com o delicado e bossanovista “Plastic Soda”, premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), a partir dai passou também a assinar como Jupiter Apple. Assegurou ainda mais sua notoriedade entre aqueles que buscam o novo, a vanguarda e o fator eclético dentro de um conceito.
Em 2002 lança o cultuadíssimo “Hisscivilization”. Paixão arrebatadora entre os fetichistas da música fin de siècle. Da uma respirada e homenageia suas próprias raízes em “Bitter” (2007), com blues, folk rock e “músicas de pirata”.
Em 2008 lança o já tão apreciado virtualmente “Uma tarde na fruteira”, lançado também na Europa pela Elephant Records. A obra, neo-tropicalista, celebra de ponta a ponta quase tudo que possa se entender por brasillis music, segundo a crítica alemã: “Uma adorável mistura de Mutantes, Tom Jobim, Tom Zé, The Beatles, Beach Boys, Caetano Veloso e outros mestres. Tudo isso com uma sonoridade anárquica acompanhada por flautas que lembram o aproximar dos cisnes ao lago”.
A aura em torno do artista assim como em seus shows pode nos remeter por exemplo ao excêntrico mix de Françoise Hardy, Serge Gainsbourg, Marlene Dietrich, Frank Sinatra, Nico, Iggy Pop, atmosfera circenses soturnas, cabaret e pós punk.
Júpiter Maçã é constantemente citado por artistas de renome nacional e internacional como referência. Sua essência criativa é imprevisível, instigante, magnética, elegante, vanguardista e genuinamente “sem fronteiras”.
Júpiter Maçã: essência criativa é imprevisível e instigante
Posted by Sandino at 01:59 PM | Comments (1)
Fair play
Top 5 - As principais trapaças do esporte mundial
Original UOL Esporte
Esporte conhecido por ter uma das estruturas mais profissionais do mundo, a Fórmula 1 foi abalada por um escândalo envolvendo Nelsinho Piquet. O brasileiro bateu a sua Renault propositalmente como parte de uma estratégia para ajudar seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso. Toda a manobra foi idealizada por seus ex-chefes, Flávio Briatore e Pat Symonds. Mesmo lamentável, este episódio não está isolado na história do esporte mundial. Confira abaixo outras trapaças praticadas ao longo dos anos e suas consequências.
1. Nelsinho Piquet
Brasileiro admitiu ter batido propositalmente durante o GP de Cingapura de 2008, fato que beneficiou o seu então companheiro de equipe, Fernando Alonso. Diante das circunstâncias, os chefes da Renault, Flavio Briatore e Pat Symonds, se desligaram da equipe francesa, e o futuro do piloto na Fórmula 1 ainda é incerto.
2. Maradona
Em ótima fase em 1986, Maradona fez de tudo na Copa do Mundo do México. Até gol de mão... O controverso lance, batizado posteriormente de “mão de Deus” por conta de uma declaração do próprio atleta, aconteceu contra a Inglaterra, e abriu o placar para a vitória da Argentina por 2 a 1 sobre o rival, nas quartas de final.
3. Ben Johnson
O canadense espantou o mundo ao conseguir cravar o recorde mundial dos 100 metros rasos nas Olimpíadas de 1988, em Seul. A euforia pela façanha, no entanto, deu lugar à decepção, já que o exame antidoping do corredor deu positivo para a substância proibida stanozolol. Por conta disso, o atleta acabou perdendo a medalha de ouro.
4 -Time paraolímpico espanhol
A seleção de basquete da Espanha venceu a disputa nas Paraolimpíadas de Sidney, realizadas em 2000. Logo após, no entanto, foi descoberto que dez integrantes do time não contavam com nenhuma deficiência mental, caracterizando assim uma trapaça ao regulamento. Como punição, a medalha de ouro foi retirada dos espanhóis.
5. Tonya Harding
Com o seu conhecimento, Jeff Gillooly e Shawn Eckhardt, marido e segurança da atleta, respectivamente, chamaram uma terceira pessoa para machucar a também patinadora no gelo e concorrente de Harding, Nancy Kerrigan, no joelho, em 1994. Após a descoberta do caso, Tonya foi banida do esporte e, após tentativas como cantora e lutadora de boxe, faz corridas com carros de passeio.
Posted by Sandino at 01:44 PM | Comments (3)
Sujeito Homem
(Sandino)
Você se incomoda quando pedem esmolas na sua porta?
Você acha normal assassinarem trabalhadores rurais?
Você bate palma pro linchamento do ladrão no telejornal?
Não lhe diz respeito a dengue que prolifera no seu quintal
Estaciona o seu carro na vaga destinada aos especiais?
Um pouco de álcool não faz mal, seu carro tem airbag frontal
Ajeita um jeito de ser atendido na frente dos demais
Tem idéia do que é esperar por atendimento num hospital?
Na fila dos desempregados sempre falta um documento patronal
Sujeito homem...
Simplifica a fome e a miséria a um problema social
Exagera nos gritos pra explicar seu ponto de vista
Fofocas e intrigas são atitudes normais
Depois que votou, acompanha as atividades do seu parlamentar?
E ele o que pensa quando torturam negros, prostitutas e homossexuais?
Não vai estar mesmo vivo para ver os desastres do aquecimento global
E quando ela tomba no sol escaldante do canavial?
Prefere não comentar quando uma mulher é agredida, alega razões passionais...
Sujeito homem...
Você não tem culpa pelo crescimento da cólera na África Ocidental
E os monges que apanham no Tibet, parece longe demais
Se a Caxemira explodir não atingirá o seu lar
Tem idéia de quantas crianças morrem por dia na Palestina?
Gravou no celular as imagens da forca no pescoço do eixo do mal
O que importa as eleições na Turquia terem caráter secular
Sabia que na Bolívia vivem com menos de 1 real por dia
Odeia os argentinos porque não consegue separar o futebol
Não distingue um cubano de Miami de um latino original
Reparou no sorriso postiço do cantor de Porto Rico?
Percebeu os coiotes do México tem cheiro de suor?
Click e veja o vídeo no Youtube
Posted by Sandino at 01:26 PM | Comments (0)
causos-do-jornalismo
Quando o carteiro chegou...
Por Marcello Lujan
Era um final de manhã ensolarado e a rotina na redação permanecia sendo ditada pelos ponteiros do relógio. Nenhuma novidade importante e as dificuldades eram as mesmas - para quem ousa produzir o jornalismo independente e fiscalizador.
O latido do Lino alertou para presença do carteiro. No meio das correspondências, uma chamou a atenção. De imediato, foi possível perceber que havia algo de estranho naquele envelope cinza, parecendo conter um CD ou DVD. Ao abrir a carta, comprovei que havia mesmo um CD e mais algumas folhas contendo um suposto diálogo – pra lá de pitoresco.
Ao ler trechos do diálogo que teria sido degravado do CD, fiquei ainda mais estarrecido com o conteúdo – que envolvia uma autoridade no exercício de suas funções públicas acompanhado por uma mulher. O babado era forte! No melhor estilo das pornochanchadas de David Cardoso, o diálogo estava repleto de galanteios pretensiosos, abusados e baratos.
Era preciso então ouvir o CD e comprovar se aquele absurdo era real.
De cara, foi possível identificar a voz de um dos personagens e com o áudio ficou claro qual era o clima que envolvia o casal. Também fiquei com a impressão que não havia nenhuma edição no áudio e o picante diálogo tinha sido captado na íntegra.
Não demorou e o telefone começou a tocar. Outros meios de comunicação e algumas pessoas também haviam recebido a mesma correspondência. Até uma emissora de televisão entrou em contato com nossa redação. Percebi que minha manhã tinha ido por água abaixo e que no almoço não ouviria os comentários do Neto - xodó da Fiel.
Na redação ficou acordado que não comentaríamos o caso, até refletirmos sobre sua gravidade e o que faríamos com tal bomba – digna de Hiroshima, Nagasaki e de todas as outras já detonadas por aí. Tínhamos ciência que poderíamos interferir no andar da carruagem.
E o telefone tocava...
- Vocês viram? Vocês querem uma cópia? Vão divulgar?
A resposta passou a ser mecânica, justificando o desinteresse no caso em virtude de nossa edição, que já estaria concluída e fechada. Ficamos mesmo sem almoço. Era preciso refletir, parcimônia...Não se tratava de medo, covardia ou outras desculpas. A questão que martelava era a ética.
- Ética? Vocês são atacados todos os dias! Manda bucha e desmascarem esse santo do pau oco (e viagrado) - foi uma das sugestões ouvidas.
Alguém também resgatou Cazuza para cobrar a publicação do caso.
- Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro e isso aí sim que é um puteiro pra se ganhar mais dinheiro.
Alheios aos comentários, prosseguiam as reflexões sobre a ética e o limítrofe imaginário que separa interesse público e vida privada.
Não demorou e alguém lembrou o comportamento da imprensa de alguns países diante de casos semelhantes.
- Na Inglaterra isso iria render pelo menos um mês de manchete. Nos Estados Unidos a casa caía. Perto disso o caso Mônica Lewinsky parece estória de ninar.
Também foram lembrados os episódios Zélia Cardoso & Bernardo Cabral, Collor, Itamar... Sobrou até para o Ronaldo (Fenômeno!), Daniela Cicarelli e para o chefão da F1.
Lembrei então das longas aulas da disciplina de Ética na universidade. Deve-se separar a conduta e postura de um homem público de sua vida particular? E se ele for pego com as calças na mão em pleno batente?
Novamente alguém interrompeu.
- Manda ver camarada, o povo gosta é disso. Liquida logo o assunto! Enquanto você fica fazendo análises intelectualizadas... chamam de foca, principiante, vendido...
Novamente, não dei ouvidos aos comentários, mesmo porque tenho comigo cartas de referência de todos os lugares em que trabalhei. Tenho um currículo, não tenho uma “capivara” ilustrada por roubo de cheques, carro, adulteração de documentos e processos por falsidade ideológica. Tenho inclusive o respeito e a amizade de conceituados jornalistas brasileiros pela qualidade de meu trabalho.
E o telefone urrava...
Sem ter mais tempo para pensar e na função de editor precisava tomar uma decisão. Vamos publicar! Fizemos nossa própria degravação e a transcrição do diálogo no formato jornalístico. Estava praticamente convencido de que realmente existia o interesse público no caso. Homens públicos devem se dar ao respeito!
Arquivo transferido para a gráfica e o jornal já estava na pauta de impressão. Fim de expediente!
Em casa, era preciso aliviar a mente depois de um dia tão corrido e diferente. Enquanto resolvia com meus filhos algumas pendências de nossa Liga Espanhola no vídeo game, as indagações sobre a ética insistiam em atormentar minha cabeça. Lembrei também da importância da instituição denominada família (embora a minha muitas vezes não tenha sido respeitada por imbecis, covardes e senhorzinhos do engenho). Não poderia cair na vala dos comuns, no olho por olho que já deixou muita gente cega.
Interrompido o contra-ataque do Athletic de Bilbao, era preciso telefonar para a gráfica.
- Parem as máquinas!!! Amanhã mandaremos uma nova edição.
Não era possível seguir em frente, pois meus princípios éticos, cristãos e o respeito que tenho pelo valor de uma família não permitiam a divulgação do escabroso ocorrido.
No dia seguinte, comuniquei a Justiça que também tinha recebido o famoso CD e que havia decido não publicar o caso. Para não gerar curiosidade, optei em destruir o que tinha recebido.
Com a sensação de ter cumprido o papel que me cabe no latifúndio, pude dar mais atenção ao meu campeonato espanhol onde já não havia a possibilidade para reviravoltas, pois o Barcelona já tinha disparado na pontuação, sobrando apenas ao meu modesto escrete basco buscar uma vaga numa futura Copa dos Campeões (ETA, não era para estar soltando bomba?) Sem chance! Como essas crianças aprendem rápido as coisas. Vai muito do que ensinamos e do que eles ouvem por aí. A criação também colabora bastante. Num mundo cada vez mais capitalista, infelizmente as crianças crescem tendo como principal referência o dinheiro. Serem ricas no futuro! Pra que estudar, não é mesmo? Que Deus seja generoso e permita que um dia eu possa disputar uma partida de vídeo game com meus netos. Tem coisa mais gostosaaaaaaaaaa?
Posted by Sandino at 01:22 PM | Comments (0)
Nota do MST
A força das nossas mobilizações e o avanço das conquistas dos Trabalhadores Sem Terra causaram uma forte reação do latifúndio, do agronegócio, da mídia burguesa e dos setores mais conservadores da sociedade brasileira contra os movimentos sociais do campo, em especial o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), principalmente por conta do anúncio da atualização dos índices de produtividade da terra pelo governo Lula.
Denunciamos que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o MST é uma represália às nossas lutas e à bandeira da revisão dos índices de produtividade. Para isso, foi criado um instrumento político e ideológico para os setores mais conservadores do país contra o nosso movimento. Essa é a terceira CPI instalada no Congresso Nacional contra o MST nos últimos cinco anos. Além disso, alertamos que será utilizada para atingir os setores mais comprometidos com os interesses populares no governo federal.
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), líderes da bancada ruralista no Congresso Nacional, não admitem que seja cumprida a Constituição Federal de 1988 e a Lei Agrária, de fevereiro de 1993, assinada pelo presidente Itamar Franco, que determina que "os parâmetros, índices e indicadores que informam o conceito de produtividade serão ajustados, periodicamente, de modo a levar em conta o progresso científico e tecnológico da agricultura e o desenvolvimento regional". Os parâmetros vigentes para as desapropriações de áreas rurais têm como base dados do censo agrário de 1975. Em 30 anos, a agricultura passou por mudanças tecnológicas e químicas que aumentaram a produtividade média por hectare. Por que o agronegócio tem tanto medo da mudança nos índices?
A atualização dos índices de produtividade da terra significa nada mais do que cumprir a Constituição Federal, que protege justamente aqueles que de fato são produtores rurais. Os proprietários rurais que produzem acima da média por região e respeitam a legislação trabalhista e ambiental não poderão ser desapropriados, assim como os pequenos e médios proprietários que possuem menos de 500 hectares, como determina a Constituição.
A revisão terá um peso pequeno para a Reforma Agrária. A Constituição determina que, além da produtividade, sejam desapropriadas também áreas que não cumprem a legislação trabalhista e ambiental, o que vem sendo descumprido pelo Estado brasileiro. Mesmo assim, o latifúndio e o agronegócio não admitem essa mudança.
Os setores mais conservadores da sociedade não admitem a existência de um movimento popular com legitimidade na sociedade, que organiza trabalhadores rurais para a luta pela Reforma Agrária e contra a pobreza no campo. Em 25 anos, tentaram destruir o nosso movimento por meio da violência de grupos armados contratados por latifundiários, da perseguição dos órgãos repressores do Estado e de setores do Poder Judiciário, da criminalização pela mídia burguesa e até mesmo com CPIs.
Apesar disso, resistimos e vamos continuar a organizar os trabalhadores pobres do campo para a luta pela Reforma Agrária, um novo modelo agrícola, direitos sociais e transformações estruturais no país que criem condições para o desenvolvimento nacional com justiça social.
SECRETARIA NACIONAL DO MST
Informações à imprensa
Mayrá Lima- 61-9684-6534
Igor Felippe - 11-3361-3866/ 11-9690-3614
Posted by Sandino at 01:19 PM | Comments (0)
setembro 05, 2009
Rio 2016
Lula ou Obama? Apoio presidencial pode definir sede olímpica
Por Roger Thurow, de Chicago (The Wall Street Journal)
Depois de gastar US$ 50 milhões para promover Chicago e percorrer o mundo para confraternizar com os potentados esportivos do planeta, os organizadores da campanha da cidade americana para sediar a Olimpíada de 2016 estão ansiosos em relação a um último detalhe: será que o primeiro cidadão de Chicago, o presidente Barack Obama, vai viajar à Europa no mês que vem para a tentativa final de convencer o Comitê Olímpico Internacional?
Embora os méritos técnicos de uma candidatura olímpica - o tráfego ao redor do estádio que abriga a cerimônia de abertura, a textura da areia para o vôlei de praia, as correntes de ar-condicionado no ginásio do tênis de mesa - possam ser mais importantes para uma organização bem-sucedida dos jogos, a campanha pessoal dos chefes de Estado se tornou crucial para se conseguir de fato o evento.
Depois que um escândalo de corrupção balançou o COI anos atrás, a prática antiga das cidades candidatas de cobrir a centena de membros do comitê com presentes foi proibida. Agora é a adulação que vale mais.
Na escolha da Olimpíada de 2012, o primeiro-ministro Tony Blair foi mais persuasivo que o presidente francês Jacques Chirac, e Londres bateu Paris. O lobby pessoal de Vladimir Putin ajudou a garantir os Jogos de Inverno de 2014 à obscura cidade russa de Sochi, em detrimento de Salzburgo, na Áustria, o conhecido berço de Mozart e da Noviça Rebelde."É importante para o COI (...) que você lhes dê o respeito", diz John Bitove, um empresário canadense que comandou a fracassada campanha de Toronto para 2008, vencida por Pequim.
As rivais de Chicago já anunciaram que seus líderes estarão em Copenhague para a escolha, em 2 de outubro: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor do Rio, o rei Juan Carlos para Madri e o príncipe e a princesa do Japão para Tóquio. O prefeito Richard Daley tem sido o principal promotor da candidatura de Chicago, mas a cidade espera que Obama compareça. A Casa Branca informa que nenhuma decisão foi tomada.
A votação quatro anos atrás para a Olimpíada de 2012 estabeleceu o precedente para o confronto de estadistas. Nas semanas que antecederam a decisão, Paris era considerada a favorita, à frente de Londres e Nova York. Mas Blair chegou à sessão final do COI três dias antes e se encontrou com uma multidão de membros do comitê. Chirac chegou tarde. O presidente americano George W. Bush, preocupado com a guerra no Iraque, nem apareceu.
Londres ganhou de Paris por quatro votos. Nova York foi eliminada numa rodada anterior. O voto é secreto, mas uma série de membros do COI disse depois que o lobby de Blair foi provavelmente decisivo.
Chirac também pode ter perdido votos quando, na companhia de outros líderes, ironizou a culinária britânica: "Depois da Finlândia", disse, "é o país com a pior comida". A Finlândia tinha dois membros no COI durante aquela eleição - talvez os votos que tenham feito Londres ganhar.
A língua solta também pode ter derrubado Toronto. A cidade era considerada forte candidata para 2008, até que seu prefeito disse, antes de uma viagem à África, que temia acabar num caldeirão de água fervente, cercado por índios. Em vez disso, ele foi provavelmente queimado pelos membros africanos do COI, que muitas vezes dão votos decisivos na escolha das sedes já que o continente raramente apresenta uma candidatura.
O comitê de avaliação das candidaturas a 2016 deve divulgar seu relatório técnico sobre os méritos de cada uma das quatro finalistas hoje. Especialistas acreditam que a geografia reduziu a disputa a Chicago e Rio. O COI gosta de fazer uma rotação de continentes, de modo que os últimos jogos em Pequim são vistos como desvantagem para Tóquio. O fato de a Europa sediar e m 2012, com Londres, é considerado um ponto contra Madri.
Os EUA não sediam os jogos desde 1996, em Atlanta. A América do Sul nunca foi sede.
Em discursos em vídeo para recentes reuniões de membros do COI, tanto Obama quanto Lula os exortaram a fazer história com seus votos.
A delegação do Rio estudou os poderes persuasivos de Obama durante sua campanha eleitoral e afirma que vai moldar sua candidatura olímpica com ecos do slogan favorito do presidente americano. Carlos Roberto Osório, o secretário-geral do comitê da candidatura Rio 2016, diz: "Representamos a esperança, a mudança, o 'Sim, nós podemos'".
Posted by Sandino at 04:03 PM | Comments (2)
O som e a bola
Reproduzo um texto de Flávio Godinho, que fez uma interessante comparação entre estilos musicais e os times do Brasileiro. Originalmente publicado no blog do Torero.
1) Flamengo: MPB. Popularmente brasileiro.
2) Botafogo: Ópera. Um drama encenado com música, enquanto vai sendo operado.
3) Fluminense: Jazz. Aqui “jazz” um time, após ter o tratamento glosado pelo plano de saúde.
4) Grêmio: Instrumental. Sem falar nada, o mosqueteiro vai tirando som do violino com o sabre e como sabe.
5) Internacional: Choro. Plangente, plangente, plangente, até se afogar no próprio rio de lágrimas. Excelente em DVDs, mas não fica bem na fita.
6) Atlético-MG: Cantigas de Roda. Para relembrar dos bons e longínquos tempos.
7) Cruzeiro: Blues.
8) Goiás: Poderia ser o Tropicalismo (opção de insurgência contra a ditadura.), mas talvez o new wave se encaixe melhor.
9) Corinthians: Hip-hop. O som “dos mano”.
10) São Paulo: Rock, mas com y, de Rocky Balboa.
11) Palmeiras: RAP. Falta melodia, mas passa a mensagem direitinho em forma de palestra.
12) Santos: Cantos Gregorianos (para todos os santos).
13) Barueri: Valsa. O som que as debutantes ouvem antes de voltar para casa e retornar para a realidade.
14) Santo André: Tropicália. Se continuar a tropicar, é bem provável que caia.
15) Avaí: Jovem Guarda. Um rock ingenuamente juvenil.
16) Sport: Baião. Se não se cuidar, vai virar um outro Bahia, um Baião.
17) Náutico: Frevo. Freve um pouquinho, mas logo amorna e gela.
18) Atlético-PR: Dance Music. Neste ritmo, pode dançar.
19) Coritiba: Forró. É um tal de bate em coxa...
20) Vitória: O som do Prince, aquele que não pronuncia o próprio nome.
Posted by Sandino at 03:45 PM | Comments (0)
Werner Herzog faz história
O alemão Werner Herzog entrou para a história do Festival de Veneza ao tornar-se o primeiro cineasta nas 66 edições a participar com dois filmes na disputa pelo Leão de Ouro. Ambos foram exibidos nesta sexta, dia 4: "Bad Lieutenant: Porto f Call New Orleans" e "My Son, My Son, What Have Ye Done". Até o momento da exibição para a imprensa, na sessão das 22h, este último título estava indicado no programa do festival apenas como um "filme-surpresa".
Baseado em fatos reais, "My Son, My Son, What Have Ye Done" procura desvendar as razões por trás de um crime, o assassinato de uma mãe (Grace Zabriskie, de "Império dos Sonhos") pelo filho perturbado, Brad Macallam (Michael Shannon, de "Foi Apenas um Sonho"). Ator amador, antes ele se envolvera na montagem de uma tragédia grega - com um matricídio - com a noiva Ingrid (Chloe Sevigny). Depois do crime, Brad se fecha em casa armado e diz ter dois reféns. No cerco policial que se segue, um investigador (Willem Dafoe, de "Anticristo") ouve os envolvidos e, como um psicólogo, tenta juntar as peças.
Também filmado nos EUA, onde o diretor alemão está morando, "My Son, My Son, What Have Ye Done" foi produzido pela Absurda, empresa do cineasta David Lynch. A história, aliás, tem toques surreais de Lynch, até mesmo a presença de uma de suas atrizes habituais, Grace Zabriskie. Na trilha sonora, a presença de Caetano Veloso interpretando "Cucurrucucu Paloma", mesma canção presente no espanhol "Fale com Ela", de Pedro Almodóvar.
Em "My Son, My Son, What Have Ye Done", do cineasta alemão Werner Herzog, Grace Zabriskie, Michael Shannon e Chloe Sevigny protagonizam uma tragédia
Posted by Sandino at 03:42 PM | Comments (0)