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janeiro 21, 2012
Movimento Palestina Livre 2012
Posted by Sandino at 10:53 PM | Comments (0)
Uma análise do Sopa, projeto dos EUA para a internet
Na quarta-feira (18), algumas das maiores páginas da internet como Wikipedia, Google, Mozilla e Wordpress, fizeram greve para protestar contra o Sopa (Stop Online Piracy Act) e o Pipa (Protect IP Act) que são dois projetos de lei que estão em discussão no congresso estadunidense. Se aprovadas, essas leis criarão um controle sobre a internet, afetando desde negócios online até o livre compartilhamento de cultura.
Por Alexandre Bazzam, na Caros Amigos
A Caros Amigos conversou por e-mail com Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV no Rio de Janeiro, e diretor do Creative Commons no Brasil. Na entrevista ele falou sobre os possíveis efeitos da aprovação do Sopa e os rumos da Lei de Direitos Autorais brasileira.
Caros Amigos: Tem se falado muito sobre censura, cerceamento da liberdade de expressão e controle da internet. O SOPA foi criado realmente para evitar pirataria, ou existe um viés de controle por trás dele?
Ronaldo Lemos: O Sopa muda a estrutura da Internet. Ele dá às gravadoras e a Hollywood o poder de derrubar qualquer site que não seja americano do ar, por mera suspeita de violação à "propriedade intelectual americana". Além disso, permite sufocar financeiramente esses sites, proibindo empresas de cartão de crédito e bancos de repassarem recursos a eles. Tudo isso sem a apreciação prévia do poder judiciário. Trata-se de uma grande forma de discriminação contra a internet no mundo todo, com exceção dos EUA onde a lei não se aplica. Na minha visão, é uma lei que não traz nenhum ponto positivo, ao contrário, aponta para um caminho equivocado para tratar da questão da pirataria. O Sopa é uma afirmação do poder geopolítico dos EUA sobre a internet.
Caros Amigos:
Apesar de grandes indústrias apoiarem o protesto, existe uma forte mobilização e interesses de empresas online para que a nova lei não seja aprovada. Já estão falando até sobre uma mudança no texto para que ele seja aprovado. A Casa Branca também sinalizou com um possível veto caso entenda que exista um cerceamento da liberdade na internet. O que realmente está em jogo e quais são os poderes e interesses por trás dessa queda de braço?
RL: O Sopa só existe porque o lobby no Congresso americano de Hollywood é muito poderoso. Não é coincidência que a avaliação do congresso americano atingiu uma baixa histórica: só 9% dos americanos acham que o Congresso faz um bom trabalho. Leis como o Sopa, que são contrárias ao interesse público, só reforçam isso. A sociedade americana está insatisfeita com o Congresso e a percepção é que congressistas só ouvem o lobby e não o interesse público. Hoje apenas 9% dos americanos aprovam o trabalho do Congresso, uma baixa histórica. O Sopa (e o Pipa, outra lei em discussão no Senado dos EUA) são exemplos de medidas que justificam essa desaprovação.
Caros Amigos: Caso o Sopa venha a ser aprovado, qual será seu impacto no livre compartilhamento e na difusão de cultura digital? O creative commons pode ser afetado com o ato?
RL: O Sopa altera por completo a relação da internet com a lei. Nos últimos 15 anos houve uma explosão de inovação e novos serviços, do Youtube ao Facebook. Isso foi possível porque a lei dos EUA dava a segurança e proteção necessária ao empreendedor. Se o Sopa for aprovado, a inovação sai penalizada: qualquer nova iniciativa na rede vai precisar da autorização permanente da indústria pré-internet, especialmente de Hollywood e das gravadoras, hoje os maiores defensores do Sopa. E nesse sentido, o Sopa não traz nenhum benefício ao usuário, apenas à indústria. Ao contrário, ele reduz a competição na internet e vai reduzir a oferta de novos serviços. Ele também é prejudicial para países como o Brasil, que são justamente o alvo do projeto: empreendedores brasileiros que criarem um novo site voltado para o mercado global podem ser penalizados pelos EUA e terem seu site removido do ar sem aviso prévio. O Sopa cria um novo tipo de barreira comercial, voltada para a internet, discriminando sites localizados fora dos EUA. O Creative Commons não é afetado diretamente, mas muitos projetos que não usam o Creative Commons podem sofrer sanções.
Caros Amigos: Considerando que órgãos internacionais como a RIAA (Recording Industry Association of America, a associação das gravadoras nos Estados Unidos) e MPAA (Motion Picture Association of America, a associação dos estúdios de cinema) já pressionaram o governo brasileiro para que a reforma da Lei de Direitos Autorais não fosse levada adiante, uma possível aprovação do Sopa pode fazer com que lobistas estadunidenses se voltem para o mercado brasileiro?
RL: Uma parte pouco discutida do Sopa é que ele institucionaliza o lobby internacional. Um dos seus artigos obriga o governo americano a criar um "embaixador permanente da propriedade intelectual" em todos os países. Em outras palavras, cria um lobista oficial do governo, alocado em cada um dos países para fazer com que a legislação local seja modificada para atender ao interesse comercial dos EUA. O Sopa é muito mais uma legislação anticoncorrencial: ele cria barreiras de acesso ao mercado norte-americano com relação a novos sites que trabalhem com conteúdo, ao mesmo tempo em que cria um adido comercial para reforçar a predominância dos EUA em termos de propriedade intelectual em cada país.
Caros Amigos: A nova LDA está em revisão desde que Ana de Holanda assumiu o Minc, em que pé está essa revisão? Que direcionamentos podemos esperar? A internet e o compartilhamento online são os únicos pontos nebulosos da atual Lei de Direitos Autorais ou é preciso uma reforma completa? Considerando que existem outros interesses por aqui, como o Ecad, além das indústrias do entretenimento, quais as chances de alguma mudança a curto prazo?
RL:
A versão da LDA que foi encaminhada pela Ministra Ana de Hollanda para a Casa Civil recentemente traz um dispositivo que aponta na direção do Sopa. É um artigo que prevê a remoção automática de conteúdos da internet, sem a apreciação prévia do poder judiciário, mediante notificação da indústria cultural. Esse artigo, da forma como está formulado, em vez de melhorar, piora nossa lei de direitos autorais e estabelece a possibilidade de abusos. Nossa lei tem diversos problemas, alguns deles solucionados pela proposta de reforma e outros agravados por ela.
Posted by Sandino at 10:46 PM | Comments (0)
janeiro 03, 2012
#10 – CHRISSIE HYNDE
A americana Chrissie Hynde nasceu em Akron, em 7 de setembro de 1951. Hynde ganhou o mundo como líder da banda The Pretenders. Cantora, compositora e guitarrista, também atua na defesa dos direitos dos animais.
Em 1973 mudou-se para a cidade de Londres, onde trabalhou como repórter da revista NME (New Musical Express), especializada em bandas de rock. Ela se inseriu em vários projetos roqueiros, chegando a praticar com Mick Jones antes de formar o grupo The Clash, tendo participado em “Masters of the Backside” de Malcolm McLaren.
Hynde formou The Pretenders em 1978 juntamente com os músicos ingleses James Honeyman-Scott, Pete Farndon e Martin Chambers. Entre muitas desavenças, desencontros, mortes e tal, a cantora manteve a linha e liderança do grupo.
Hynde permanece uma raridade como mulher líder de um grupo com origem nos primórdios da história do movimento punk rock e new wave. Sempre assertiva ela acabou obtendo o respeito vultos da música e mesmo de críticos.
Em 2004, Hynde mudou-se para a cidade de São Paulo para poder tocar por algum tempo com Moreno Veloso em um tour informal pelo país. Em São Paulo, ela fixou residência em um apartamento no edifício da Copan. Também participou, como vocalista, em 2004, do club hit internacional Straight Ahead.
Isto é Chrissie Hynde!
‘‘A indústria de música dá muito dinheiro a artistas estúpidos. Estou muito satisfeita por ter me mudado para uma gravadora independente. Tem algumas conseqüências, claro. Não dirijo Mercedes Benz nem posso comprar carro esportivo de presente para o meu namorado. E, claro, agora vocês vão ficar muito tristes por mim’’.
Saiba mais no MySpace
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DISCOGRAFIA
1980 – Pretenders
1981 – Pretenders II
1984 – Learning to Crawl
1986 – Get Close
1990 – Packed!
1994 – Last of the Independents
1999 – Viva el Amor
2002 – Loose Screw
2008 – Break Up the Concrete
Posted by Sandino at 04:36 PM | Comments (0)