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abril 27, 2012

A cura de Shopenhauer
(Sandino)

Não quero mais saber de Shopenhauer
Os pessimistas são derrotados
Mesmo antes do prefácio

Não quero saber de coisas tristes
De gente ranzinza
De mal com a vida

Não preciso mais de Nietzsche
Tenho aprendido tanto
A gente avança no sorriso de uma criança

Abro mão de pensar demais
Pensar é errar
Troco a vã filosofia por uma garrafa gelada de tubaína

Posted by Sandino at 10:13 PM | Comments (0)

As Mercenárias

Grupo de rock formado por Rosália Munhoz (voz), Ana Machado (guitarra), Sandra Dee (baixo) e Lou (bateria) na cidade de São Paulo em 1984. Na primeira formação contava com o guitarrista Edgard Scandurra, tocando bateria, que deixou o grupo no ano seguinte para dedicar-se exclusivamente ao IRA!. Sandra Dee também havia participado de outras bandas paulistanas, como o Voluntários da Pátria e o Smack, esta última em companhia de Scandurra. Seguindo a linha que se convencionou chamar de "pós-punk", lançou um único disco pelo selo paulista Baratos Afins.

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Mercenárias on MySpace Music - Free Streaming MP3s

Posted by Sandino at 10:10 PM | Comments (0)

Dica aos navegantes...

Navegando pela net, cheguei ao blog Amor Louco. Que grata surpresa....o blog é repleto de dicas musicais, com destaque para o rock inglês e a música independente feita em nossas bandas. Dá para baixar diversos discos e cd´s... Vale a dica...

amorlouco cópia.jpg
O blog é repleto de links com o melhor da música alternativa

Posted by Sandino at 10:09 PM | Comments (0)

ETA ETA ETA !!!

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ETA ETA ETA !!!! O Athletic Club está na final da UEFA! Uma comprovação: atualmente El Loco Bielsa é um dos melhores treinadores do futebol mundial, levando o modesto Bilbao a duas finais na temporada (a decisão da Copa do Rei será dia 25 de maio, no estádio Vicente Calderón, em Madri, contra o “Barça Lona”. Na foto acima o time campeão da primeira Copa do Rei, em 1903. Na época, o Athletic ainda... era alviazul). Marcelo Bielsa sabe arrumar um time, priorizando o contra-ataque letal, as bolas longas para o centroavante-pivô que também sabe jogar com a bola no chão (Fernando Llorente - campeão mundial na África do Sul), a posse de bola é valorizada e tem a chegada dos volantes que arrematam em gol. A equipe atravessa um grande momento, é base da seleção olímpica espanhola que disputará os Jogos de Londres e para chegar a final da UEFA despachou o todo poderoso Manchester United, Schalke 04 e o Sporting Lisboa. Também vai bem no campeonato espanhol brigando por uma vaga na Champions League (o Athletic é um dos 3 clubes que jamais caíram para a segunda divisão). Não custa nada acender uma vela para o santo basco, Inácio de Loyola. Dá para ganhar e as chances na Liga Europa são maiores. O Atlético de Madrid é favorito, vem jogando bem, o Miranda arrumou a zaga, mas os madrileños dependem muito da criação/inspiração do Diego (ex-Santos) e do Falcao Garcia – que está em grande fase. Mas tem dia que é noite! A final será em Bucareste (Romênia) no dia 9 de maio. Sou Athletic desde sempre. Meus familiares imigraram para o Brasil perseguidos pelo franquismo e suas tropas que invadiram as cidades bascas – única região espanhola que se recusou a aceitar o fascismo. Agora é ganhar do Atlético do rei e a copa monarca.... Quem diria? Bilbao sensação na Europa! ETA ETA ETA !!!

Posted by Sandino at 10:03 PM | Comments (0)

abril 02, 2012

Plebe Rude: uma das maiores banda do rock brasileiro
Por Marcio Amorim

Brasília, a capital federal construída sob um olhar futurista para ser a cidade modelo do pais, havia tornado-se para uma grupo de jovens apenas um lugar tedioso. Ainda bem!!! Pois a partir daí estes jovens impulsionados pelo movimento punk e seu lema “do yourselves” passam a fazer sua própria diversão e dão à cidade o título de principal cidade rockeira do pais. De Brasília saem três das principais bandas do rock brasileiro, Capital Inicial, Legião Urbana e Plebe Rude, com diferentes estilos mas com a mesma ideologia tornam o combalido rock dos anos 80 em algo sério com letras abordando temas como a violência policial (Veraneio Vascaína), a ditadura militar (Proteção) e a corrupção (Que Pais É Esse). Porém, das três bandas foi a Plebe Rude a única a se manter no estilo punk durante seus 20 anos de estrada.
Contemporânea do Aborto Elétrico (banda formada pelos irmãos Fé e Flavio Lemos e por Renato Russo), a Plebe formou -se em 1981 quando André Muller (ex-Metrallhaz) e Philippe Seabra (ex-Caos Construtivos) se conheceram dentro de um ônibus. Chamaram Gutje (ex-Blitx 64), para a bateria e vocal e como trio passaram a ensaiar. Logo nos primeiros ensaios constataram que precisam de um vocalista pois Gutje não tinha fôlego para arrebentar na bateria e ainda cantar. Eis que egressa para o vocal Jander Bilapha que costumava sempre acompanhar os ensaios da Plebe. Por um pequeno período a Plebe Rude chegou a contar com duas garotas nos backings vocals, Marta Detefon e Ana Galbinsk, mas devido o sucesso feito a época pela Blitz (“Você Não Soube Me Amar”), que contava com duas backings vocals e para não ter nenhuma futura comparação com a banda carioca, os plebeus resolveram tirar as garotas da banda.
Com apresentações avassaladoras lembrando em muito a banda punk inglesa The Clash, a Plebe Rude chamava muita atenção por onde passava. Tocaram em todas as danceterias importantes do eixo-Rio São Paulo e ainda no legendário Circo Voador. E numa destas apresentações no Circo Voador conheceram Herbert Viana, que haviam “homenageado” na música “Minha Renda”. No principio, o encontro entre os plebeus e o paralama foi tenso, mas logo Herbert sacou todo o inteligente sarcasmo da Plebe Rude e a partir daquele momento tornou-se um dos que mais ajudaram a Plebe a estourar nacionalmente.
O primeiro disco foi gravado em 1985. “O Concreto Já Rachou” é um mini LP de 7 faixas produzido por Herbert Viana. Este disco tornou-se um dos mais importantes da história do rock nacional, trazendo grandes hits como “Proteção”, “Minha Renda” e o hino “Até Quando Esperar”. Com este álbum a Plebe Rude alcança disco de ouro com mais de 200.000 cópias vendidas.
Em 1987 os plebeus entram em estúdio, novamente produzidos por Herbert Viana, e fazem “Nunca Fomos Tão Brasileiros”. Este álbum traz músicas ainda dos tempos áureos de Brasília, e a belíssima balada “A Ida” é escolhida para ser o carro chefe. Mas foi a censura imposta à música “Censura” o grande fato deste disco. O álbum não alcançou a mesma vendagem do primeiro (foram 90.000 cópias). Mesmo assim a Plebe Rude mostrava todo seu vigor e que definitivamente era uma das grandes bandas do rock nacional.
Só que as coisas tomam outro rumo em 1989 quando do lançamento de “Plebe Rude III”, um disco diferente de tudo o que os plebeus tinham feito. Com fortes influencias regionais este álbum mostra a Plebe querendo indicar novos caminhos para o rock nacional. Mas nem fãs nem críticos entenderam muito bem este conceito. Internamente as coisas também não vão bem, Jander deixa a banda e meses depois é a vez de Gutje pedir as contas.
Phillippe Seabra e André Muller ainda lançam em 1992 o disco “Mais Raiva do que Medo” mas já não existia na sua essência a Plebe Rude. Por mais cruel que soasse, a Plebe havia acabado. Em 1994 Philippe e André fazem o último show da banda.
Por cinco anos a Plebe ficou separada, mas os rumores de que seus integrantes pudessem voltar a ativa eram muitos. Em 1997 a EMI edita uma coletânea intitulada “Portofolio” e a tiragem de 5.000 cópias se esgota rapidamente. O público mostrava que gostaria de ver novamente reunida uma das bandas mais contestadoras do país.
E o momento chegou. Em 1999 a Plebe volta com sua formação original para um show histórico no festival Porão do Rock em Brasília, e a gravação de um disco ao vivo.
Em maio de 2000 foi lançado o primeiro registro ao vivo da Plebe Rude. “Enquanto a Treguá Não Vem” traz o melhor da Plebe em uma performance memorável, com a produção de Herbert Viana..Neste álbum, além dos clássicos, os plebeus prestam duas homenagens, uma à banda brasiliense Escola de Escândalo, regravando a música “Luzes”, e à banda punk paulista Cólera tocando “Medo”.
Em 2001 a Plebe Rude comemorou 20 anos de existência. Viva a plebe!!!! Pois o rei está morto!!!


Plebe Rude - "Bravo Mundo Novo" Musikaos Tv Cultura 2000

Posted by Sandino at 07:59 PM | Comments (0)

Clássico dos londrinos do The Who - um dos mais influentes grupos da história do rock. Formada em 1965, por Roger Daltrey (voz), Pete Townshend (guitarra), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria). A banda lançou seu primeiro álbum em 1965.

Posted by Sandino at 07:57 PM | Comments (0)

Maracanazo: a ferida indolor
Por Daniel Ilirian - originalmente publicado no Vermelho

A provocação irônica do curta-metragem produzido em 1988, por Ana Luíza Azevedo e Jorge Furtado, é a de que na tentativa do já maduro torcedor de voltar aos tempos de sua infância para mudar o resultado da final da Copa de 1950, acaba por desviar a atenção do arqueiro que não vê o chute do atacante uruguaio e a bola acaba por morrer em sua rede, da mesma maneira como ficou na História. O alento que a fantasia poderia trazer se choca com a frieza que os fatos não apagam.
A Copa do Mundo realizada no Brasil foi a primeira depois da Segunda Guerra Mundial e em especial ocorre no país após o Estado Novo, quando Getúlio Vargas implantara uma ditadura. A construção do estádio Mário Filho, o Maracanã, iniciada em 1948 e a sua inauguração em junho de 1950 foi um marco de grandes obras iniciado no governo Dutra, cuja intensidade aumentaria na volta de Vargas ao poder numa política que ficou conhecida como desenvolvimentismo nacionalista e provocou um grande crescimento industrial modificando consideravelmente a infra-estrutura brasileira, porém sem conseguir resolver os graves problemas sociais.
O desenvolvimentismo nacionalista foi em sua essência uma ilusão de progresso vendida à sociedade brasileira. E foi com esta mesma ilusão, vivida a partir dos anos cinquenta, que o torcedor brasileiro se dirigiu ao recém construído estádio carioca, na tarde de 16 de julho de 1950, para assistir ao último jogo da Seleção que até então aplicara duas goleadas contra Espanha e Suécia, que ao lado de Inglaterra, Suíça, Itália e Iugoslávia, foram os representantes do continente europeu, juntos ao EUA, México, Paraguai, Bolívia e Chile, para a realização do maior evento esportivo do planeta.
Brasil e Uruguai chegaram à partida decisiva sendo que os anfitriões jogavam por um simples empate para levantarem o caneco. O resultado todos já sabem. O Brasil era amplo favorito devido aos espetáculos que a equipe proporcionara até o jogo decisivo. O Uruguai, porém , não ficava para trás com um elenco de jogadores campeões nacionais em sua base. Friaça, jogador do Vasco da Gama, abria o placar que aumentaria a vantagem brasileira. Porém, a dupla uruguaia, Schiaffino e Ghiggia, tratou de enterrar o sonho da conquista do primeiro mundial. O bravo goleiro Barbosa, considerado como um dos maiores da história, ficou marcado pela derrota, acusado de falhar em ambos os gols. Certamente uma injustiça cujo desabafo Barbosa fez anos depois em entrevista. Porém, a questão levantada principalmente quando temos no horizonte próximo a realização de uma nova Copa do Mundo no Brasil em 2014, é de que com os parcos registros de imagens existentes sobre o Maracanazo, cuja esolução é muito ruim, considerando obviamente os recursos que havia na época, como ter alguma dimensão do que realmente significou a derrota para o Uruguai?
Se o futebol tem na paixão a sua essência, fica praticamente impossível, principalmente para quem não viveu este período, ainda mais considerando a grande parcela de jovens que hoje constitui a população brasileira, conseguir minimamente se sensibilizar com a enorme frustração sentida pelos torcedores durante aquele jogo. Os números, jogos, resultados e escalações das equipes são informações que soam apenas como conhecimento semelhante ao que uma criança possa ter sobre a Conquista da América, sem que haja qualquer identificação com o fato.
Por isso, voltamos ao torcedor fictício que viaja no tempo, e assim fazemos justiça à dramaticidade que o curta nos oferece e permite aquilo que as imagens e registros reais não deixam: chorar pela derrota brasileira.
Na toada de sentimentos opostos como a alegria e a tristeza, tão intensos como o espetáculo do futebol é capaz de proporcionar ao torcedor, a Copa de 1950 se torna algo realmente insosso e indiferente. No entanto, fica para a geração atual, enquanto degusta a Copa de 2010, a possibilidade de testemunhar o evento em 2014, pensando em tudo o que já se disse sobre o Maracanazo e no significado que se procurou dar a ele e daí então poder de fato ressignificar a história e quem sabe, com um desfecho mais feliz.

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A seleção do Uruguai de 1950: destaque para Schiaffino e Ghiggia

Posted by Sandino at 07:55 PM | Comments (0)